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Como montar uma carteira de ações vencedora?

Para se dar bem no mercado de ações é de extrema importância que o investidor escolha de forma estratégica os papeis que farão parte da sua carteira. Além disso, diversificar os ativos levando em consideração o risco, reputação das empresas, histórico das companhias entre outros aspectos é primordial na hora de investir na bolsa de valores e evitar eventuais perdas de capital.

Uma carteira de ações é feita de frações de diferentes empresas que estão listadas na bolsa de valores e para definir quais ativos comprar e alcançar uma boa rentabilidade, separamos algumas sugestões para você levar em consideração. De início, os critérios que selecionamos são:

  1. Invista apenas dinheiro sem compromisso, ou seja, aquele dinheiro que não é destinado para algo específico (ex.: pagamento da faculdade, compra de um carro ou uma casa ou ainda valores do colchão de emergência).
  2. Invista um valor que você possa ver desvalorizar 50% sem se estressar.
  3. Mantenha a regularidade nos investimentos.
  4. Reinvista os dividendos.
  5. Não tenha pressa em ver os resultados.
  6. Não siga “dicas” de gurus, busque conhecimento, mas em fontes seguras e com pessoas que de fato entendam do mercado. Não invista em ações da “moda”.
  7. Não deixe nunca seu emocional superar o racional.

Critérios para escolha das empresas

O primeiro passo para começar a montagem da carteira é escolher quais setores você entende que serão mais promissores nos próximos anos. Recomenda-se entre 3 e 6 seis segmentos, porque não é pouco nem tão pulverizado para se começar. Com isso definido, escolha quais as principais empresas de cada setor farão parte da sua carteira de investimentos, podendo ser uma ou duas para iniciar.

Em nossa preferência, os critérios para escolha das empresas passam pela escola fundamentalista, onde vários indicadores podem ser utilizados, mas sempre em conjunto e nunca apenas um. A seguir vamos citar e comentar alguns deles, mas quanto mais forem analisados mais assertivas serão as definições.

  • P/L (Preço/Lucro): é o número de anos que se levaria para reaver o capital aplicado na compra de uma ação, através do lucro gerado pela empresa, considerando que esses lucros permaneçam constantes.
  • P/VPA (Preço atual da Ação / Valor Patrimonial por Ação): mostra o quanto o mercado está disposto a pagar sobre o patrimônio líquido de uma empresa.
  • Dividend Yield: é a soma dos dividendos pagos pela ação no período de 12 meses dividido pelo preço da ação. Representa o rendimento pago ao acionista, independente do comportamento da cotação da ação em bolsa.
  • Receita Líquida: mostraquanto a empresa faturou em determinado período, abatendo do valor gerado impostos a pagar, devoluções e descontos concedidos.
  • Dívida Bruta/Patrimônio Líquido: é a soma de todas as obrigações financeiras da empresa que estão para ser quitadas, dividido pelo patrimônio líquido.  Mostra o grau de endividamento da empresa e sua saúde financeira.
  • Patrimônio Líquido: é a diferença entre o valor dos ativos (os bens e direitos a receber pela companhia) de uma empresa e o seu passivo (obrigações com terceiros e com os sócios). Ele representa o total de bens de uma companhia que realmente pertence aos seus acionistas.
  • ROE: é calculado dividindo o lucro líquido da empresa no último ano fiscal pelo patrimônio líquido. O valor mostra quão eficiente é a empresa ao usar seus ativos para obter lucro.
  • Dividend Pay Out: representa em percentual o quanto do lucro da empresa é distribuído ao acionista. Por exemplo: imaginemos que o lucro da empresa tenha sido R$ 1.000.000,00 e ela distribui aos acionistas R$ 300.000,00, dessa forma o Pay Out é de 30%. É determinado pela própria empresa em seus estatutos, sinalizando sua política de dividendos
  • Margem Líquida: mostra a porcentagem de lucro em relação às receitas apresentadas por uma empresa no seu balanço. É por esse indicador que se vê se a operação de uma companhia é rentável e/ou lucrativa.

Além desses indicadores listados, recomendamos também que ao iniciar uma carteira de investimentos em ações, você defina qual o principal foco, tipo de crescimento das cotações, dividendos ou híbrida. Seja qual for, enquanto se constrói a carteira é importante reaplicar os dividendos para que se exponencie ao logo do tempo.

O sucesso de uma carteira de ações está associado à boas empresas e ao tempo, por isso não deixe de levar em consideração o prazo dos investimentos. Ações pensadas a longo prazo, por exemplo, podem representar menos risco para a sua rentabilidade, isto porque os fundamentos de boas empresas, sempre prevalecerão.

Estes foram alguns pontos importantes para você prestar atenção na elaboração de uma carteira de ações vencedora. Acompanhe nossos conteúdos aqui no blog da Alpz para saber mais sobre renda variável e ações!

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